29 de jun. de 2009
A Busca e o Tempo O tempo passa rapidamente para os que lentos pensam. A lentidão do pensamento, deve-se a não ter muita opção de buscas. Na verdade, o tempo permanece o mesmo. Nada muda. As horas continuam sendo sessenta segundos, e anos, continuam formando décadas, sejam elas, perdidas ou a perder. Pode-se dizer isso do Brasil. Politicamente passou-se rápido demais, mas foram lentas as mudanças, por não ter produzido o efeito que se esperava. A busca por um país melhor foi bloqueada por quem queria fazer um efeito maior, descontente com o passado. Claro, ninguém concorda com o passado manchado, o ideal é que seja limpo. O país brigou tanto por eleições diretas para presidente. Quando houve a oportunidade, não soube votar. Mas, será que eram várias as opções?. Inúmeros transtornos depois e houve mais uma chance, várias opções, mas será que eram boas? O melhor era seguir em frente e completar o oitavo ano. Os mais descontentes com as opções e o resultado, buscavam um tempo mais rápido para enfim, se vingar no voto. A vingança é apenas uma bifurcação. E, em outra oportunidade, a vingança encontra oito anos a mais do mesmo. Como seria a busca de algo melhor, se o caminho é o fundo do poço? O que se tem em mãos são pás, então, cava-se um buraco mais fundo, ou um túnel para que se encontre uma luz no fim. O tempo nos permite ter opções de buscas. O caminho, ele não oferece. Há algumas décadas chorava-se por direito ao voto num país de presidentes. Os candidatos ávidos pelo poder queriam seu voto direto por direito. E o povo, ávido por cidadania, querendo dar seu voto direto para os imperfeitos candidatos ao cargo. Hoje, não há candidato direto, servível, para presidente da nação. E não há cidadão satisfeito com o destino que seu voto segue. O tempo não busca o destino, esse, quem faz é o caminho que se decide seguir. O voto pode ser um grande e único caminho, mas, sempre há bifurcações no caminho de gatos e pombos.
No Gramophone: "Coração de Estudante", Milton Nascimento
Escrito por Sergio Nasto,
às 18:00
12 de jun. de 2009
Realeza Olha, Hoje quero derreter O que pensar te fazer frio. Confirmar miragens, Imaginar viagens, Compartilhar mensagens, Dessas bem longas, Poemas infindáveis, Que escrevo à você. Quero oferecer algo Que fique para sempre. Escrito A lapis de cor, Caneta Escrita fina, Ponta porosa, Ou Teclas, Não importa Será apenas Para, do meu coração, Dar-lhe as chaves. Para, hoje, de presente Dar-lhe as rosas. De todos os tipos. Era seu segredo. Agora, a mim, dito. Ao que repito, Que a amo, Com fogo de corpo incessante, Beijo ardente, E, ainda que distante, Um amor real. No Gramophone : "Olha", Maria Bethania
Escrito por Sergio Nasto,
às 07:15
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