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26 de mai. de 2005

Uma Identidade


...E no primeiro momento, a notícia é de difícil aceitação. Temos que tomar uma atitude. A decisão é inadiável, mesmo que com o tempo curto. Penso que esse é o tempo em que mais precisamos de equilíbrio. Um não ao desespero. Algumas pessoas ficam paralisadas, e até desaparecem, tamanho é o choque, um total descontrole emocional. Acham que adiando, as coisas mudam, ou param. Na realidade, qualquer coisa anormal nos deixa a sensação de que não vai dar para ir além. A coragem nessas horas é tão amiga do equilíbrio que conseguem falar em nosso interior. Para achá-los é só ouvir seu próprio silêncio.
Desde os primeiros problemas, que depois se tornam companheiros, ouvimos uns martelos em nossa cabeça dizendo o que fazer e o que não fazer, como e quando começar. Os martelos se tornam amigos próximos, nos ensinam a partilhar de sua companhia. Até aqueles martelos que ainda não conhecemos, sentimos, às vezes, falta de coragem para conhecê-los. Para que a coragem chegue até nossas mãos, temos que trabalhar uma espécie de alicerce dentro de nós. Sua base servirá de nosso equilíbrio constante. Isso pode começar com a perda de alguém, desemprego, independência, divórcio, ou o despertar para a vida. E acordar para a vida é uma identidade sem foto. Nos primeiros dias não entendemos quem somos, o que estamos fazendo, mas continuamos a trilha. Sabemos que não podemos dar um passo maior que a perna, sabemos que temos que caminhar com os olhos abertos, e apenas devemos fechá-los para o descanso da alma.
O tempo nos diz que se nos fecharmos para o mundo, diante dos obstáculos, repetiremos a mesma coisa sempre. Não aprendemos como mudar com o tempo. Costumo dizer que não aprendemos errando, e sim, fazendo a coisa certa. Para acertar é preciso coragem, mas não necessariamente ser imprudente. Nós, equilibradamente, não seremos imprudentes com nós mesmos. O equilíbrio fará com que saibamos o momento certo de esperar e de fazer algo, e a coragem servirá como ponte, uma espécie de auto-conhecimento. Ela dirá até onde devemos ir. Passaremos ser uma pessoa que se conhece, sabe onde pisa, anda e pára. Saberemos nossos limites para melhor entendermos como sair de cada situação. Algumas vezes tudo se repete, e é normal tentar ajeitar da mesma maneira que da última vez. ´´Parabéns! Nada mal!``...Mas há de chegar o dia que não haverá jeito, e tem-se que tentar de outra maneira. Então, nós já estaremos preparados. Assim é a vida
Na verdade, sempre sabemos das coisas, como vencer, como mudar, como derrotar o inimigo, como ir em frente, e as respostas. Tudo depende de nós. Nada mudará se não dermos o primeiro passo. O sofrimento de cada um de nós vai muito da falta de coragem. A falta de coragem de aceitar. Aceitar o que é certo, reconhecer o erro, aceitar a perda, a derrota e até mesmo a vitória, quando não se acredita que é capaz. Não há problema que não possa ser resolvido, e para cada um deles exige uma carga de coragem e equilíbrio diferente, e a mudança para se chegar a esse ponto, cada um aceita da forma que quer. Depois de fortes, não queremos uma máquina do tempo voltando aos velhos métodos para se resolver, encaminhar um determinado problema, seremos nosso próprios ponteiros, indicaremos a hora, minutos e segundos de nossa eternidade. Queremos uma máquina do tempo para nos levar ao futuro, pois, dele não mais temos medo.
O bom senso caminha ao redor de nossos passos, e sermos firmes e fiéis ao que queremos fortalece a conquista. Tudo passa, não estamos presos a nada. Ganhamos de tudo assim como perdemos. Temos que procurar aprender a coragem, conhecer o equilíbrio para ganharmos a vida, sem perder a beleza de viver. São como amigos que aparecem em nossas vidas, e ficam, mesmo sem saber o porquê.

No Gramophone : ´´Máquina do Tempo``, Aggeu.



Comentando os comentários :

Ana : ( 1) Penso que o difícil está em encontrar alguém a quem se dedicar, quando você gosta e o sentimento é recíproco fica fácil..(2) Ah, o Flu, agora mesmo tô torcendo aqui.

: (1) Não penso que seja complicado o sentimento, e sim, as pessoas...(2) Sofri pra caramba, mas por enquanto no jogo de hoje, ele tá mandando no jogo.

Carol: (1) As escolhas são nossa vida (2) Espero o e-mail para ouví-la

Flôr : (1) Só em você gostar do Flu, já te considero uma tricolor...(2) Penso que temos que acreditar nos bons frutos que queremos, das arvores que plantamos, elas são nossas vidas.

Canceriana: Coisas boas e retribuídas, é estar no céu.

Shê : (1) Que bom sua aparição, claro que notei!...(2)É, foi uma ótima história de amor.

Gisele : (1) São das formas de amor que nascem as melhores poesias, com ou sem paixão...(2) Não, Gisele aqui , só você.

Carol S.: É verdade, o tempo nos diz tudo, e estamos sempre aprendendo.

Patricia Daltro: Penso que nunca é tarde para aprender. Não há demora, há amadurecimento.

Drica: O amor é um sentimento aberto, não pode ficar preso a paixão. Se ficar com alguém apenas quando estiver apaixonado não saberá o que é um amor livre.

Simone : Penso que o amor pode prontamente levar a paixão, mas quase sempre, no final, a paixão leva ao desamor.

Jady: Os três fazem partes da mesma fórmula, mas se o amor for de menos, não funciona. O desejo, escraviza, e a paixão, mata.

Anita: Obrigado. Não suma, a casa é sua.

Teti: (1) A busca é cansativa as vezes, mas se chega lá....(2) É difícil pensar, mas é questão de oportunidade para o amor, e não para a paixão.

Cristiano: Valeu, você é sempre bem vindo.

Ana Melo : Exatamente, tudo em busca de momentos felizes e completos.


Escrito por Sergio Nasto,
às 12:01


19 de mai. de 2005

Bons Frutos

...E sabe aqueles momentos em que queremos conversar com aquela pessoa especial? Pois é, apesar de tudo, e de todas as diferenças, ela era uma pessoa assim. Já nos conhecíamos desde a reunião de pais no colégio, e agora, naquela inesperada festa do irmão, ´´meu amigo de fé, meu irmão camarada``, era assim que eu o chamava, quando surgiu a oportunidade de uma conversa. Sei que depois da festa, já meio lá meio cá, ela ofereceu a bebida da casa, e ficamos em poucos na grande sala, mas terminou que com o calor que estava fazendo, fomos pra varanda. Foi naquele momento, é claro que depois de alguns minutos, descobri a incrível pessoa que morava dentro daqueles olhos apertados.
Falamos sobre vários assuntos, vida particular e íntima de ambos, e inclusive, falei do amor que sentia por uma amiga dela, e que ela era a primeira pessoa a quem eu contava. Ela disse que acertei em ter lhe falado, por que a amiga havia gostado de mim antes, mas na época eu estava namorando, e ela guardou o sentimento, hoje é ela quem está noiva. O bom da conversa, e maior parte dela foi que acreditávamos no amor, no sentimento amor, não da boca pra fora.Algo como querer bem, gostar, zelar, não trair, lembrar, viver, sem necessariamente estar apaixonado. Acreditávamos que a paixão poderia ser momentânea, que os amores eram partes das nossas escolhas. E são várias na vida, quase sem parar, todos os dias, em busca de um equilíbrio. Então, escrevemos numa folha, cada um na sua, nossas escolhas mais acerTadas e as mais erradas, no máximo de cinco. O que queríamos era encontrar onde estava nosso desejo maior. Depois descobrimos que todas elas, as erradas e as certas, foram em busca de algo que planejávamos o tempo todo, e que à medida que fomos ficando mais experientes, acertamos.
Riscamos uma a uma, e percebemos que essa busca era sempre o caminho do amor, e dessa maneira o conseguimos. Ela me perguntou porque não tentei falar com nossa amiga. Falei que não queria arriscar, que até terminaria com a outra por ela, mas ela era nova e não ia querer arriscar. Ela concordou. É que quando somos mais jovens vemos o amor por uma ótica bem diferente do vasto horizonte de quando somos mais maduros. Quando jovem o risco que corremos é mais pela paixão. Ainda não nos foi dada a chave dos sentimentos de alguém, apenas alguém nos deixou entrar em seu sentimento. Ainda não possuímos a coragem de somente amar sem estarmos apaixonados. Não percebemos que quando dizemos isso, estamos crescendo. Estamos crescendo quando fazemos a coisa certa, quando pensamos que se existe o não fazer, existe o fazer.
A coragem que passa a nos acompanhar é claro, aprendemos com conversas como aquela, nos jogos de perguntas, respostas, escolhas e preferências. Podemos a partir desse exato momento arriscar algo por amor, por aquilo que queremos, onde se trava uma luta diária. Jogamos limpo, preferimos assim, para não sermos covardes. Encontrar alguém é sempre quase tudo o que queremos, e o correto caminho, nós temos que fazê-lo. É dessa forma que quando jovens não observamos. E quando passamos para algo mais que amizade ou conhecimento pomos à prova nosso crescimento, a maneira como lidar, o respeito, o valor. Acreditar em alguém é difícil, e oferecer a chave da casa dos sentimentos, mais difícil ainda, para isso é preciso ser forte, e todos os fortes amam, independentemente de qualquer tempo ou lugar. Os fortes ajudam sem pedir nada em troca, e seu próprio sentimento já é uma.
Descemos do apartamento e fomos pra pracinha em frente, a noite estava agradável, já passava das duas da manhã, e aquele calor das dez horas já estava dormindo aproveitando a amena temperatura. Levantamos, ela pegou na minha mão e fomos caminhar na praia, e lá fizemos uma escolha, e arcamos com as conseqüências.
No final, concordamos que a vida é feita de milhares de escolhas, e que amar alguém é uma delas.

No Gramophone : ´´Carry On``, Alana Davis.


Comentando os Comentários:

Simone: (1) Obrigado pela visita, pela conversa, e não preciso falar a casa é sua, sei que sempre vai aparecer...(2) Destino é palavra para substituir outra quando não lembramos que estamos vivos.

: (1) Obrigado por aparecer...(2) Se você vive, pense no que passou para chegar até hoje. Não chegamos à toa a situação que queremos, chegamos porque queremos.

Ana: (1) Vandré estava certo...(2) Somos donos de nossa vida, o custo é a conseqüência, mas isso, já temos que pensar antes...(3) Flu é uma escolha nossa!

Flôr: (1) Não podemos deixar nosso barco sair do rumo, e quando percebermos que ele está saindo, então fazemos toda a força para trazê-lo de volta. Aí está a diferença para quem se entrega ou não...(2) As coisas se encaixam por que você fez a coisa certa...(3) Flu é a escolha pra felicidade.

Canceriana: (1) Tenho um ótimo relacionamento com meus filhos, isso requer participação, o crescimento deles é o normal da vida, o que ocorre é que temos que prepará-los, e isso é o melhor...(2) A intuição faz parte da sua maneira de escolher o que fazer.

Lulu: (1) Temos que pensar nelas para que acertemos sempre, nesses pontos surge nossa felicidade. Não há por que se arrepender, já que escolha foi a certa pra você...(2) Essa música me traz recordação dos domingos de BH.

Jady: As escolhas terão sempre o mérito, pense em quem você põe a culpa. Imagine várias culpas. Sua cabeça não agüentaria. Bom, é o que eu penso.

Cristiano: Correto, e simples, como viver.

Louca de Atar: (1) Obrigado pela visita, sempre te visitarei...(2) Gosto disso, afinal considero à todos.

Rafa: (1) Obrigado, a idéia é essa: reflexão...(2) Gosto de passar na sua casa, preocupação de amigo.

Carol: (1) As coisa não acontecem sem você querer, não existe uma receita pré- determinada a seguir, a não ser a que você escolhe...(2) Saudades, também.

Drica: (1) Bom, penso que Deus ajuda na escolha nossa, a fé é que nos leva a acreditar no que queremos, e isso faz com que se realize...(2) Se você sai dos trilhos é porque não acredita no caminho precisa de algo mais.

Patrícia: (1) Você está correta, conforme meu pensamento. Não podemos deixar tudo nas mãos do acaso, como desculpas...(2) Abraços.

Teti: A virada da vida penso que é caminho ela em si, então é hora de agirmos, fazermos escolhas, você não pode ser obrigada a seguir as tormentas. O rumo do seu barco é seu.

Claudia Beatriz: (1) É como falei pra Teti, os caminhos da vida podem ser bom pra uns e não pra outros, o seu é você quem faz...(2) Você está certa.

Renata: Perfeito seu comentário, então não seremos acomodados.

Anita: (1) Exatamente, afinal somos donos dela...(2) Realmente a trilha é ótima, sei lá, tudo no filme é legal.

Ana Melo: (1) Acreditar que vai dar certo, estar sempre com pensamento positivo, é uma boa maneira pra acertar nas escolhas, ou pelo menos não se arrepender delas...(2) Você mesmo colhe as respostas.


Escrito por Sergio Nasto,
às 00:06


12 de mai. de 2005

O Ponto da Escolha

...E, pra falar a verdade, eu não estava prestando atenção, estava conversando com alguém na net, e enquanto converso não gosto que me atrapalhem, mas de tanto minha filha, Bárbara, falar sozinha, vez por outra, eu olhava a tv, ela me falava sobre o filme, que nada acontece por acaso, essas coisas que sempre nos perguntamos...´´Vida que Segue`` conta a vida de Joe, que noivo já mora com os pais da noiva, Diana, e mesmo quando é assassinada, continua a morar com os ex-sogros, e passam em meio a condenar o assassino, lidarem com o relacionamento que não tem mais que existir. E o problema começa, quando ele se apaixona por outra mulher, tipo, ´´coisa do destino``...Nós paramos e pensamos o porque que aquilo aconteceu, ou fulano ou beltrano foi responsável por aquilo acontecer, que se não fosse isso não teria acontecido aquilo, e mais um emaranhado de linhas de vidas que nem ao certo sabemos onde vai desenrolar, falam que ligam suas vidas a outras por indicação dele, por escolha dele...O canal em que estava passando repete os filmes, daí não ter me preocupado em assistir, sei que é com Dustin Hoffman e Susan Saradon, os pais da noiva. À noite, assistimos juntos, ´´Destinos Cruzados``, outro filme com o mesmo tema: Destino. Ou o que vem a ser ele.Esse é com Harrison Ford, um policial, totalmente apaixonado pela esposa, só que ela tem um caso secreto com o marido de uma deputada, e eles sempre mentem e disfarçam muito bem, até que numa dessas mentiras, dizem que vão viajar e ´´por obra do destino``, avião caí. Depois, na investigação da lista dos mortos, conhece a deputada, e passa a se envolver com ela, e travar uma luta para esquecer e descobrir os motivos da traição, e desde quando estava acontecendo.Os dois filmes são bem interessantes.
Ela me refez a pergunta: ´´Pai, você acredita em destino?``...Bom, falei que há algo mais importante que o destino, que é a escolha. Sempre falo que a nossa vida é feita de nossas escolhas e de suas conseqüências. Ela fala: ´´Ah, pai, mas nada acontece por acaso``. Eu sei que há um certo sentido no que nos acontece, mas cabe a gente aceitar ou não. Ela retruca: ´´Mas, isso é o destino! Se não houver um destino a vida vira acaso.``. Falei que não era nada disso, que era uma maneira errada de pensar na vida. Não podemos deixar a vida a cargo do destino, e lhe pondo toda a responsabilidade de nossos atos e escolhas. Não acho que possamos separá-los. O que chamamos de destino é um caminho de nossa vida.
A maioria das pessoas pensa e faz planos, pensa a vida inteira, sonhos guardados são postos pra fora, e a conseqüência disso, bom ou ruim, faz com que a pessoa inclua o destino como peça chave de tudo o que aconteceu. Pensar assim, no meu modo de entender é criar uma falsa vida. Como se a própria pessoa não respondesse sobre seus ombros, é criar uma vida ao acaso. É viver por viver, deixando sempre que destino indique seus passos.
Minha vida mudou muito nos últimos seis anos, e tudo o que aconteceu foi conseqüência de uma única escolha onze anos atrás. Cada vez que a vida tomava um rumo, eu guinava a proa do meu barco para mares mais tranqüilos, onde pudesse navegar melhor, com um belo nascer e pôr-do-sol. Procuro certificar de que o que faço hoje me fará feliz amanhã, e se não for feliz, serei eu o culpado por ter escolhido de forma errada o caminho, e não o destino.

No Gramophone: ´´ Canção do Novo Mundo``, Beto Guedes


Comentando os comentários :

Patrícia: Lidar com ansiedade requer um pouco mais de cuidado, e o medo, de controle. O cuidado para deixar acontecer, e o controle para não temer.

Canceriana: (1)Estamos certos então, pensamos da mesma maneira, sinal que não estamos errados, caso contrário, um de nós estaria chorando de medo. (2) Publico às quintas por que é o dia útil que mais gosto, e por ter começado num dia desses.

Shê: Vá por etapas, comece a lidar com seus maiores, procure a causa, à medida que vai lidando com eles, os menores desaparecerão...(2) Obrigado.

Teti: Viver para não ter medos é a receita..

Ana Melo: Aceitá-los já é um bom começo, não importa tempo.

Gisele: Medo de morrer, não tenho, mas com você tinha de como deixá-los, ma hoje em dia tento dar a eles suporte para suas independências o mais cedo que puderem para aprenderem a lidar com a minha ausência definitiva.

Drica: Penso que o medo não nos tira de perigo algum, apenas nos impede de saber se é perigoso ou não.

Jady: Realmente o novo assusta, mas se não fizermos na saberemos, ninguém nasce sabendo.

Branquinho: (1) Cada pessoa tem se mundo, e cada um se medo, mas todos podem enfrentá-los. A questão é aceitá-los e conhecê-los...(2) Ok, a Canceriana, não a perca de vista.

Ana : É verdade pensar no medo já pode ser medo, mas os pensamentos vão embora.

Flor : (1)Não há outra maneira mas só fazendo se aprende...(2) Obrigado pela visita, e apareça.

Renata: É só testar pra ver, eles andam lado a lado...(2) Nosso Flu tá bom, foi assim em 1995.

Cristiano: Todas as palavras são certas, não há como fugir...(2) Farei uma visita a sua nova casa.

: A única coisa que pode nos dominar é a vontade de viver...(2) Ok, então fui bem indicado, obrigado pela visita, e apareça.

Ana: (1) Você acertou, ate ia pôr essa frase no final e esqueci...Combatê-los para ser mais feliz.

Simone: Que alegria a sua! Muito bom seu pensamento sobre amigos, temos afinidades, então, apareça.


Escrito por Sergio Nasto,
às 22:56


5 de mai. de 2005

Apenas Um Lago


...E lá estávamos em meio a uma reunião, aliás, ainda não havia começado, e em meio aquele alvoroço, surgiu entre eu e um amigo de trabalho, a conversa sobre medos, se alguém estava com alguma espécie de medo, e sempre, ou quase sempre, o medo vem aliado à mudança. Principalmente ao novo. Esquecer, para alguns, o que há de velho, ou de costume, é como afogá-los. O que há de velho, determina uma maneira, e agora obrigado a mudar, de ver uma nova forma para encarar o dia-a-dia. Não ter medo da mudança pode ser um grande partida.
Os assuntos da reunião entram tenebrosos, e alguns os recebem com espanto, os cortes aos recursos, serviços, expediente, aparelhamento, etc, etc...Depois das perguntas, veio a descoberta do ´´ Monstro do Lago Ness``: o computador . Daí, desse simples medo material, se tem uma idéia dos possíveis desgastos de mecanismos que se encontram no cotidiano mesmo para enfrentar os altos e baixos. O medo é um sentimento que mora internamente nas pessoas, e só sai pra passear quando sua amiga, a insegurança, o chama. Para saber, e entender o medo em cada um é necessário mergulhar em seu interior, ou deixar que alguém o ajude. Nem sempre o encontramos sozinhos, uma ajuda é sempre bem vinda, pois muitas vezes o percurso é longo, e o fardo pesado. Se tivermos amigos pra dividir o peso, por que não chamá-los. Isso serve para todos os medos.
Com aquele ambiente desagradável, me desliguei, e lembrei do encontro com um conhecido, e sem querer comentei sobre seu problema. Eu soube do ocorrido por outras pessoas, que era uma situação de doença grave, e que teria de passar por uma cirurgia delicada. Na hora fiquei meio sem saber o que falar para alguém que não acredita na vida que levou, e que pensa na morte com desespero. Ele me falou da sensação de acordar de madrugada, e estar morto. Perguntei-lhe, qual era a sensação de morte, e ele, me disse que não sabia. E falei, que ele acabara de dizer que tinha a sensação de ter morrido. Ele parou um segundo, e disse, que não sabia, por que o medo da morte estava sufocando tudo que ele mais gostava. Continuei, dizendo que esse é nosso medo em relação à morte: deixar o que amamos. O mecanismo que se pode usar é aproveitar o máximo tudo que mais amamos. Pode ser filhos, pais, se os tivermos, ou bens matérias, animais de estimação, qualquer coisa que lembre vida. Aquele que vive, não morre. Não adianta na hora da despedida, lembrar do irmão, das viagens que não se fez, das pessoas que não amou, e das que não entregou seu simples sentimento, sua confiança, por amor, por amizade... Na vida, se escolhe, mas na morte não há como escolher. Se tem algo de importante para aprender, ensinar, fazer, que seja agora. Creio que ele entendeu, e caminhou.
Às vezes os temores são apenas recordações, do que não se fez, da maldade, se a fez, do que não perdoou, do que não ajudou, como fosse um sufoco. E se sufoca é porque não viveu. É porque não queremos perder o que amamos, mas isso acontece tardiamente, por não ter se dado o valor necessário. É como se tivesse medo de alguma cobrança mais árdua por trás. Isso serve para todos os medos, do banco da faculdade à aposentadoria do serviço. Medo que acaba quando mais uma vez se enfrenta e se quer acertar. Essa é a maneira, a melhor delas, de dominar esse sentimento. Depois, a certeza que se tem é que, na verdade, o medo não existe como presença, mas sim, como um figurativo. É como o medo de avião, eu tenho medo, mas um dia que tiver que usar, não o terei mais, e da próxima vez será apenas lembrança, de que um dia se tive medo de alguma coisa.

A reunião acabou, e não consegui me concentrar na maioria das coisas, estive todo o tempo, observando sobre medos, o que cada um falava, e que eu pensava. Cada dia é diferente do outro, todo medo tem seu porque e pode surgir do nada. Mas a força de cada um, tem que ser maior que ele, para não ser pego de surpresa, e cair no mesmo poço. Uns dizem que os medos salvam do perigo, mas não precisa estar no perigo para tê-los, então essa idéia é falsa, estar sem medo dentro de um caça supersônico, também é perigoso, e nem por isso, o piloto morre.

O medo tem sua moradia. A descoberta de seu endereço, é a missão a ser cumprida. Peça apoio a seu interior, pois, todo medo se transforma em coragem, quando o encontramos. Perder o medo é apenas encontrá-lo.


No Gramophone : ´´ Pequeno Mapa do Tempo``, Belchior.

Comentando os comentários :

Louca de Atar : (1) Estamos certos, nunca é pouco sonhar...(2) Apareça!

Shê: (1)A banda é imortal, e não precisa nascer na época, há discos deles por toda parte até hoje....(2) Bom final de semana pra você.

Anita: (1) Legal!Também é um dos preferidos até agora...(2) Foi assim mesmo, acho que até hoje minha irmã tem o disco.

Jady: (1)É, só quem viveu por falar com detalhes sobre aquela época...(2) Gosto muito de U2, e alguma coisa do Elvis. Acho que tudo na vida tem que se idealizar, sonhar, pois é uma boa maneira de ser feliz por algum tempo.

Lulu: (1) BH? Que ótimo!...(2) Beatles é sempre Beatles...(3) Do Aggeu, não sabia dessa parada, tomara que um dia ele venha por aqui, ou então, possa assisti-lo em algum lugar...(4) Tem uma banda em BH que já foi considerada a melhor cover num concurso lá em Liverpool, você já ouviu falar disso?...(5) O passeio tá valendo!

Canceriana: (1) Que bom que gostou, e o interessante é esse negócio de idade, pois minha filha tem 15 anos, e gosta deles também...(2) É isso aí, os problemas são para serem solucionados.

Carol S.: (1) Universal, isso mesmo, é difícil encontrar alguém que não conheça pelo menos uma música deles...(2) Boa Volta!

Carol: (1) Sonhos são nossas vidas...(2) Se tiver uma oportunidade de conhecê-los melhor, não perca!

Renata: (1) É, sorte nossa mesmo, ouvir Beatles melhora muito o meu dia..(2) O nosso Flu ta embalado, detonou o Grêmio ontem, também.

Ana Melo: Essa sensação de coisas boas vividas é que dá mais vontade de viver, pois sabemos que lá na frente teremos histórias como essa pra contar.

Ana: Vale o que falei pra Ana acima, se todo mundo vivesse mais seus sonhos teríamos mais gente felizes nas ruas...(2) Nosso Flu tá encarando todas, ontem foi o Grêmio.

Teti: (1)Legal essa descoberta partindo de casa, é como educação...(2) Gosto dos Mutantes, também, era como se fossem nossos Beatles...(3) Meus filhos gostam basicamente do que gosto, com algumas variações para novos sons e bandas.

Cristiano
: Pois é, sou muito nostálgico, e gosto disso porque em todo meu passado fui feliz, e faço disso um aprendizado para o presente e futuro...(2) Um abraço fraterno.

Feliz Dia das Mães para todos!


Escrito por Sergio Nasto,
às 23:10


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