6 de out. de 2007

A Quem não encontrou
Percebemos depois de longa data, ou segundos, que já encontramos com aquela pessoa. Então, pensamos se existe outro mundo. Se falarmos em dimensões é correto, ou outra vida, é melhor que esta. O livre-arbítrio faz com que erremos num certo ponto do caminho, pessoas que parecem boas, nos enganam. Podemos aprender ou continuar errando, e com quem conhecemos. Desviamos outros caminhos, também.
Será que só o que é bom passa de vida pra vida após a morte? E muda para o mal, depois. Se há após, houve um antes. Morte e vida deixam aqui o que sempre desejamos encontrar depois? Como entender algum sinal? Um mal pode ser um sinal. Acidentes, mortes, não acontecem por acaso. É necessário que alguém viva anos por um fio pra que quem esteja ao seu lado perceba o que tem de mudar. A morte muda o que a vida não conseguiu.
Numa hora se diz: "Poderia ter acontecido em outra vida". Mas, de que vida se fala? Será que é aquela que existe no ato de um sorriso inevitável? É bom quando isso passa a fazer parte do nosso dia-a-dia, como um filho adotivo, um amigo, um amor, algo muito especial. A vida mostra uma visão errada do que chamamos de morte. Sempre queremos continuar o que de bom começamos. Sendo assim é porque temos esperança. E ter esperança é viver sempre.
Certa vez alguém me disse ser uma visão de nossos próprios antepassados. Que tem a ver com nossa árvore genealógica. Pode ser. O mistério que cerca nossa vida é que nos leva à frente. A fé do bem cura o mal. Queremos sempre mais e saber respostas pra todas as perguntas. Queremos fé, temos fé. Queremos curas, temos cura. Ter fé na vida cura a morte.
No Gramophone: "Zeca Baleiro" - "Alma Nova"
Escrito por Sergio Nasto,
às 12:10
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