Blogagem Coletiva idealizada pelo Lino Resende sobre a Paz na Terra
Paz na TerraA paz é incerta como a morte, mas pode ser certa como a vida que sonhamos desde pequeno. Ela pode ser inacreditável quando vemos algo que parecia impossível acontecer, como um fim de uma guerra, que se criou num dia qualquer por um motivo fútil. É exatamente assim que acreditamos ser a paz: fútil. Cremos que ela virá depois dos terremotos, das enchentes, dos tiros de canhão, ou mesmo depois que o último homem levantar a bandeira branca, se rendendo, mas sendo o alvo de um que não quer cessar fogo.
Ela é fútil. Deixamos gente passar fome. Ela é o máximo, quando alguém de bom coração doa um órgão ainda em vida, para que a paz reine em família. O egoísmo, a intolerância, a ganância, a discriminação, são imprescindíveis todos os dias. Uns usam desses males para viver. Atropelam a paz e não param para socorrer. Para quê socorrer a paz, alguém já está de olho nela. Alguém impaciente pelo poder do tempo. Alguém que quer ser dono e senhor do seu tempo. E tempo é dinheiro.
O dinheiro, mola mestra do mundo, senhor das guerras, dono da paz, constrói vidas, destrói o homem. O dinheiro destrói florestas, rios, mares. Mares de dinheiro compram a paz onde quer que seja. Num campo de futebol, num campo de refugiados.
A paz produz dinheiro, que produz comida, matam fome e sede. Homens sobrevivem, cidades crescem, industrializam-se, fabricam remédios, de onde surgem as curas e incentivam novas descobertas. Descobrimentos que se transformam em guerra pelo poder. Poder que é fútil.
O dinheiro é fútil, como a paz, como o poder. O dinheiro, poder e paz são necessários. Dinheiro e poder constroem e destroem a paz. Tudo o que a paz quer é poder e dinheiro para se espalhar pelo mundo. Tudo o que o poder quer é dinheiro para espalhar a paz pelo mundo. Tudo o que o dinheiro quer é poder para espalhar a paz pelo mundo. Todos querem ser úteis, não fúteis.
O caminho é longo, mas todos nós caminhamos pela paz.