22 de jul. de 2006
Rodovida SN-6406 Km 42
...E, o limite de fazer coisas, tudo o que queremos e sonhamos todo o tempo, ficou pra trás. Quando ainda não temos idade pra assinar nosso sonho cumprido, passando a caneta para nossos pais, queremos, mas evitamos falar de futuras idades e caminhos. Não adianta saber qual. Vemos nossos velhos pais, não queremos ser como eles. A vida com sua inquebrantável ironia faz deles nosso molde. Cheguei até aqui por uma estrada tranqüila. Posso ter atropelado alguém, mas socorri. Posso ter sido multado, mas paguei. Posso ter atravessado o sinal vermelho, mas parei no sinal verde quando achei necessário atender, e desnecessário correr. Posso ter aquele preconceito e não é totalmente ruim, mas o prejulgo, sim, é pior. Entendi com mais certeza que pior que estar, é ser. E, se temos mais o que aprender, a vida nos leva à sua sala de aula.
Para quem não chegou a essa fase não há o que temer. Sabemos os males e as trapaças do jogo, não precisamos ser enganados a troco de nada. O que almejamos é a próxima cartada e queremos vencê-la, também. Nem que seja um mísero tostão, pois talvez faça falta para o pedágio adiante. Para quem chegou, passou e não percebeu, sugiro dar uma marcha à ré. Nem sempre marcha à ré quer dizer voltar. Às vezes serve para um ajuste.
Aqui estou, mas não sei em que ponto da minha vida passou a última bifurcação, e quando falei pra mim mesmo: - É por aqui. Normalmente não percebemos. Em todos os quilômetros da nossa longa estrada, passamos por uma a todo o momento, e viramos a direção. Seguimos tecendo os encontros e desencontros que só nossos olhos trazem. Saberemos qual o melhor caminho ao final do próximo quilômetro rodado.
No Gramophone : ´´As Curvas da Estrada de Santos``, Roberto Carlos.
Boas Vindas à Valéria, Lú, Lobisomen, Manoel Donini e retorno da Thiane.
Obrigado a todos pelas carinhosas felicitações
Escrito por Sergio Nasto,
às 08:25
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